O escolhido para chefiar o Ministério da Justiça, André Mendonça, ainda não assumiu oficialmente a pasta, mas já arrancou elogios até dos desafetos do presidente da República, como a deputada estadual Janaína Paschoal.

A parlamentar usou suas redes sociais para comentar o que para ela foi a escolha de um “quadro técnico” para assumir a Justiça, assim como à Advogacia Geral da União.

“Desejo muita sorte e sucesso aos Professores André Mendonça e José Levi, frente ao Ministério da Justiça e a Advocacia Geral da União. Quadros técnicos e ponderados. Que possam ajudar nosso país, tão carente de estabilidade”, afirmou Janaína.

O elogio público de Janaína Paschoal ao novo ministro soa de forma apaziguadora, mas está longe de ser em tom de concordância com o governo federal. Isso, porque, Janaína tem feito duras críticas ao presidente Bolsonaro, após denúncias feitas contra ele pelo então ministro Sérgio Moro.

A deputada chegou a falar em afastamento do presidente. “O impeachment é um processo. Ora, se é necessário investigar, não vejo como instaurar um feito que requer materialidade! Peço, encarecidamente, que os apoiadores do Presidente compreendam que o radicalismo só o prejudica. Esse inquérito, não fosse tanta loucura, seria evitável!”, escreveu a deputada.

Em outras palavras, Janaína argumentou que para o processo de impeachment se concretizar é necessário elementos concretos, provas, o que depende de investigação. Esta será à análise feita pelo Supremo Tribunal Federal diante das denúncias do ex-ministro Sérgio Moro.

Se houver, portanto, materialidade nas acusações, a Câmara dos Deputados poderá instaurar abertura do pedido de impeachment. Entretanto, aliados do governo e também alguns críticos já reconhecem que essa hipótese está ficando cada vez mais descartada por falta de apoio da maioria do parlamento.