É isso mesmo o que você leu nessa manchete: a filha de Lula, Lurian Lula da Silva, assumiu uma função como voluntária da equipe de transição do PT, com o objetivo de reforçar um grupo de trabalho de Direitos Humanos com foco na infância e adolescência.

“A criação de uma área específica de infância e adolescência na Transição indica que o governo Lula tratará da temática como prioridade absoluta”, afirmou Lurian ao Broadcast Político. As informações foram publicadas na manhã de hoje pelo Estadão.

Lurian é uma dos cinco filhos de Lula, que também é pai de Marcos, Fábio, Sandro e Luiz Cláudio. Ela possui atualmente 48 anos e é mãe da Maria Beatriz, de 26, do João, de 17, avó da Ana Lua, de 5, e namora o advogado Danilo Segundo.

Ao comentar a sua participação na equipe de transição do pai, Lurian afirmou que a pauta dos direitos humanos ligada às crianças é um dos temas “essenciais e emergenciais” no País. “Principalmente após desmonte de políticas públicas do atual governo e da vulnerabilidade que afetou nossas crianças e adolescentes no período da pandemia”, disse ela.

Filha de Lula “deu dedo”

Lurian ficou mais conhecida nacionalmente em 2016, quando viralizou uma foto onde ela aparece “dando o dedo” para a população que na época pedia o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). O gesto é considerado vulgar e um tipo de agressão moral, tal como uma ofensa verbal.

Na época, o jornalista Ricardo Noblat compartilhou a foto e comentou: “Lurian Lula da Silva, filha do ex-presidente Lula, mostra o dedo, dizendo que não fala com a mídia golpista”

Já este ano, após o fim da eleição presidencial, a filha de Lula concedeu uma entrevista, onde destacou, entre outras coisas, o que achava importante na gestão petista do seu pai. “Os negros eram respeitados, as mulheres eram respeitadas, a população LGBTQIA+ era respeitada”, disse ela à Universa.

Lurian é jornalista, mora em Sergipe e atua como assessora parlamentar do senador Rogério Carvalho (PT). Por ter parentesco com Lula, ela não poderá assumir cargos no governo, por isso deverá atuar voluntariamente. Atualmente ela está em Brasília para reuniões no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição.

Se a intenção da filha do líder petista é promover proteção para a infância e adolescência, um bom começo seria ela começar ensinando a não dar dedos para quem discorda das suas opiniões, afinal, tolerância, diversidade e liberdade de expressão são elementos fundamentais dos Direitos Humanos.

Também poderá fazer isso, ensinando que, diferentemente do seu pai que defende o direito ao aborto como uma questão de “saúde”, a morte deliberada de um bebê no útero materno é a mais covarde violação da infância e, portanto, dos Direitos Humanos, já que se trata de uma violência praticada por um adulto contra um menor 100% indefeso.

Estas são apenas algumas das lições básicas que Lurian poderá promover. Como mãe, talvez a maternidade lhe ajude a ter sensibilidade quanto a isso. Resta saber, contudo, se como esquerdista conseguirá entender e ter alguma moral para colocar em prática.