O jornalista Lauro Jardim informou a pouco que o presidente da República, Jair Bolsonaro, vai indicar para o Supremo Tribunal Federal (STF) o desembargador piauiense Kassio Nunes Marque, o qual já teria se encontrado com o chefe do Executivo no Palácio do Planalto na tarde de ontem.

A informação pega muitos de surpresa, visto que o nome de Nunes não aparecia entre os mais cotados para ocupar a vaga que será deixada pelo atual ministro Celso de Mello, o qual irá se aposentar no próximo mês.

Nunes é católico e não “terrivelmente evangélico”, como havia dito Bolsonaro ao comentar a sua futura indicação de ministro para o STF.  Em nosso levantamento não obtivemos informações detalhadas sobre às posições de Kassio Nunes sobre questões de natureza moral ou política. Contudo, uma chamou atenção: o elogio feito a ele por Ciro Nogueira.

“Nosso Kássio é uma figura respeitadíssima no mundo jurídico hoje, tenho certeza que vai chegar a tribunais superiores, ou STJ ou Supremo. É uma figura muito querida e respeitada”, afirmou o senador.

O elogio de Ciro Nogueira foi dado na ocasião em que Kassio Nunes foi homenageado em junho do ano passado, segundo informações do GP1.

Muito embora não fale de questões específicas sobre o desembargador, o elogio certamente poderá ser visto como um mal sinal entre os apoiadores do governo, visto que seu irmão foi acusado de ter recebido R$ 5 milhões de Reginaldo Mouta Carvalho, dono do supermercado Carvalho, a pedido do executivo da JBS Joesley Batista, investigado pela operação Lava Jato, segundo o CB.

Ao saber da suposta indicação, Ciro comentou: “Sem dúvida, a escolha do presidente Jair Bolsonaro seria um gesto de reconhecimento da capacidade do povo do Piauí e de todo o Nordeste”.

“Atual desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ele é considerado um dos desembargadores federais mais produtivos entre seus pares e todos que conhecem a sua trajetória sabem da competência e comprometimento do dr. Kassio Nunes com o seu trabalho”.

Nunes foi empossado vice-presidente do TRF1 no mês de abril de 2018, onde vinha atuando desde então. O TRF1 tem sede em Brasília e compreende as seções judiciárias do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.