A deputada Bia Kicis (PSL-DF) será a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A definição aconteceu nesta terça-feira (9) durante reunião entre o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários.

A previsão é que a instalação das comissões da Câmara aconteça nesta quarta-feira (10). A indicação para o comando da CCJ coube ao PSL, o maior partido da Casa. A CCJ é a comissão mais importante por analisar a constitucionalidade das iniciativas e por ser parada obrigatória de quase todas as matérias.

A Comissão de Relações Exteriores ficará com o deputado Aécio Neves (PSDB-MG). A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) presidirá a Comissão de Educação e o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) presidirá a de Seguridade Social. As informações foram confirmadas ao Congresso em Foco pelo líder do DEM, deputado Efraim Filho (PB).

A deputada compõe a chamada ala ideológica do governo federal e é uma das aliadas mais fiéis ao presidente Jair Bolsonaro. Dados do Radar do Congresso, plataforma de dados do Congresso em Foco, apontam que Bia acompanhou o governo em 97% das votações nominais da Câmara.

A confirmação de Bia Kicis na CCJ ocorre no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal analisa a suposta suspeição do ex-ministro Sérgio Moro durante a sua atuação enquanto juiz de 1ª instância em Curitiba, nos processos da operação Lava Jato, fato que se dá um dia após o ministro Edson Fachin anular todas as condenações do ex-presidente Lula.

Aliados do governo acreditam que com Bia Kicis na presidência da CCJ muitas propostas do governo poderão ser analisadas e postas para votação na Câmara, inclusive projetos de emendas constitucionais que visam reduzir os poderes do Supremo Tribunal Federal, como a chamada “PEC da Bengala”, também articulada no Senado Federal pelo grupo “Muda Senado”. Com informações: Congresso em Foco.