O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, veio a público na quinta-feira (02/09) para rebater uma fake news de um suposto pedido de demissão do Ministério da Saúde, publicada pelo site O Bastidor, sob o editorial do jornalista Diego Escosteguy. A matéria alegou que obteve essa informação através de “duas fontes com conhecimento direto dos fatos.”

“Eu não sei a quem interessa essa indústria de boatos, de fake news […] para tentar desestabilizar o governo, inventando divisões de Ministério da Saúde. Eu nem pedi demissão, nem vou pedir demissão”, disse o ministro, que à noite apareceu ao lado do presidente Jair Bolsonaro em sua live semanal, reforçando a sua permanência na pasta.

“Estarei aqui no Ministério da Saúde até o dia que o presidente da República entender que eu sou útil a nação brasileira. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”, acrescentou Queiroga, segundo a CNN Brasil.

Fake News ou não?

Por lei, nenhum jornalista ou veículo dessa natureza possui a obrigação de revelar quem ou quais são às suas fontes. Diego Escosteguy ainda mantém a sua versão, mesmo após publicar uma atualização com a negativa de Queiroga. “O Bastidor mantém, na íntegra e sem ressalvas, o teor da reportagem publicada acima”, sustenta o jornalista.

Entretanto, o problema aqui não é o sigilo da fonte, nem a veracidade ou não delas. O problema é o fato do próprio ministro da Saúde vir a público negar a informação das fontes, de forma contundente, e mesmo assim o jornalista manter a sua versão.

Diante disso temos um claro problema, pois afinal, quem possui maior credibilidade quanto à veracidade da informação, as supostas fontes não reveladas ou o próprio ministro da Saúde?

É óbvio afirmar que é o ministro. Portanto, se o próprio Queiroga vem a público desmentir a informação, entendemos que caberia ao jornalista, no mínimo, alegar que suas fontes podem estar equivocadas ou que ele próprio se baseou nelas, mas que a sua versão foi negada pelo médico.

Por outro lado, se mesmo assim o jornalista mantém a sua versão baseada nas fontes, ignorando a negativa do próprio ministro, podemos considerar a sua informação como “fake news”, visto que a demissão não ocorreu e pelo visto não ocorrerá tão cedo.