Na tarde de hoje, a Seleção Brasileira de Futebol estreará na Copa do Mundo do Catar, jogando contra a Sérvia. Enquanto muitos brasileiros, em aparente estado de desinformação ou fuga da realidade, focam no show esportivo, milhões de outros se preocupam com os rumos políticos do Brasil.

Independentemente do foco dado à Copa do Mundo, o fato é que cresce a expectativa de que o “menino Neymar”, notável apoiador do presidente Jair Bolsonaro, transforme a competição de futebol numa grande e bombástica oportunidade de expor ao mundo o que vem acontecendo no Brasil.

Para isso, basta que o atacante decida transformar alguma das suas comemorações por um gol em um ato de protesto contra a eleição de Lula. Sabemos que, apesar de poder gerar uma avalanche de reações negativas contra si mesmo, do ponto de vista comercial (patrocinadores), trata-se de uma possibilidade real.

Isso porque, do ponto de vista profissional, Neymar não tem mais nada o que provar em termos de talento. Economicamente, também, está “podre” de rico e não depende mais do futebol. Isso significa que, na pior das hipóteses, o jogador terá condições suficientes para aquentar a repercussão, venha ela de onde vier.

Contudo, por outro lado, se o atacante resolver exibir, por exemplo, uma camisa de protesto contra Lula diante das câmeras da imprensa mundial, também poderá se tornar uma lenda não apenas dos campos, mas também na Nação Brasileira, tendo em vista o impacto gigantesco que isso irá causar nos meios de comunicação.

Neymar já havia anunciado que pretendia homenagear Bolsonaro com um “22”, em caso de vitória na eleição do dia 30 de outubro. Resta saber, agora, se ele terá a coragem de fazer isso no atual contexto de conflito, quando milhares de pessoas, nas ruas, questionam a vitória da esquerda. Força, garoto!