Se há cinco anos continuam perguntando “quem mandou matar Marielle Franco”, o que é justo, é no mínimo razoável e coerente, agora, levantarmos a pergunta de forma ainda mais contundente: quem mandou matar Sérgio Moro?

A revelação de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) estava executando um plano passa sequestrar e assassinar Moro, bem como a sua esposa e filhos, é de extrema gravidade, muito mais do que o sentimento que as manchetes da imprensa tradicional transmitem para a sociedade.

Isso porque, senhores, estamos falando de uma figura que se tornou um ícone nacional na luta contra a corrupção, sendo também reconhecido no exterior. Além de ex-juiz federal responsável pelo julgamento do maior escândalo político na história do país, e ex-ministro da Justiça, Moro também é um senador, portanto, uma autoridade da República!

O plano do PCC revela o tamanho da audácia e do poder do crime organizado no Brasil, algo que não pode ser encarado como se fosse mera aventura de criminosos contra um ex-juiz. Tudo nos faz achar que houve, sim, uma ordem de comando, e se teve ordem também teve motivação.

Portanto, a pergunta “quem mandou matar Sérgio Moro?” é mais do que plausível e carente de respostas em regime de urgência, especialmente quando já tivemos um então candidato à presidência da República (Bolsonaro) como vítima de atentado, em 2018, em plena campanha eleitoral, cotado para a indicação do juiz para o Ministério da Justiça, o que foi concretizado.

O Brasil vive dias tenebrosos, infelizmente em todos os aspectos. Se de um lado temos uma expectativa econômica de caos, do outro já temos o caos instalado na segurança pública, com ataques de facções no Rio Grande do Norte e plano de assassinato contra autoridades do país. Que Deus nos ajude!