Se você vier me perguntar sobre o que acho a respeito do caráter dos irmãos Weintraubs, a minha resposta será indiferente, porque tudo o que temos visto nos últimos meses, a respeito deles, não me parece ser uma questão de julgamento neste sentido.

Por incrível que pareça, acredito que toda celeuma criada por eles contra o presidente Bolsonaro, é só uma questão de imaturidade pessoal, ego ferido e uma vaidade política inflada por uma bolha de apoiadores igualmente tão emocionados quanto os irmãos.

Sim, parece que falta maturidade não apenas política, como também emocional por parte dos Weintraubs. Não se engane quanto aos cabelos brancos. Em décadas de clínica psicológica, já conheci homens barbados tão imaturos quanto algumas crianças em certos aspectos da vida. Não saber lidar com frustrações é um desses sintomas.

Assisti a live que Abraham Weintraub e o seu irmão fizeram ontem (domingo, 24), onde prometeram fazer revelações bombásticas sobre o Planalto. Resultado? Parturiunt montes, nascetur ridiculus mus. Ou, a montanha pariu um rato! De tudo o que disseram, só ouvi murmurações e mágoas.

A tal “ameaça” que Bolsonaro teria feito a eles, foi nada mais do que uma mensagem anunciando a possibilidade de demissão do cargo de diretor do Banco Mundial, caso Abraham não parasse de flertar com a ideia de se lançar candidato ao governo de São Paulo. Nossa! Isso que é ameaça?

Bolsonaro agiu para enviar Abraham ao Banco Mundial, em 2020, após os rumores de que ele poderia ser preso pelo STF, por causa da sua declaração durante a reunião ministerial em 22 de abril daquele ano, onde chamou os ministros da Corte de “vagabundos” que mereceriam ir para a prisão.

E o que Abraham fez? Mesmo sem declarar, passou a flertar com a ideia de alguns apoiadores, de lançar a sua candidatura para o governo paulista, mas tudo sem o apoio de Bolsonaro. Sim, o mesmo Bolsonaro que ajudou a família Weintraub a migrar para os EUA para ter uma vida mais segura, estava sendo excluído desse processo de discussão política.

Como você acha que Bolsonaro iria se sentir? Sem dúvida, chateado, por ver alguém articular, veladamente, algo que possui o poder de afetar diretamente os planos do seu governo, mas sem a sua participação no processo decisório. A prova disso está na indicação de Tarcísio de Freitas para o governo paulista, e não o Abraham.

Ou seja, consequentemente, a ameaça de demissão foi nada mais do que o resultado dessa frustração do presidente com os irmãos Weintraub. Nada mais natural, tendo em vista que Bolsonaro é o chefe da Nação e tem todo direito de defender os seus planos políticos para o país. Foi o que ele quis fazer e está fazendo.

Finalmente, lembro que Moro, o ex-ministro, também parece ter sido vítima da mesma imaturidade dos irmãos Weintraubs. Ego ferido por causa da frustração em descobrir que não seria o indicado por Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. O resultado já sabemos.

Tal como o ex-juiz da Lava Jato, os irmãos Weintraubs entraram num espiral de reações vingativas como forma de expressar essa mágoa enrustida. Tanto é verdade que o próprio Abraham confessou durante a live estar magoado até hoje. Note que ele disse que só perdoará Bolsonaro se este lhe pedir perdão, o que novamente mostra o quanto é imaturo ao não ter tido, até hoje, a capacidade de digerir corretamente tudo o que aconteceu.

Espero sinceramente que a direita possa se unir em prol do presidente Bolsonaro, e que os irmãos Weintraubs tenham a chance de evoluir enquanto pessoas públicas, deixando um pouco do ego e a vaidade política de lado em um momento tão crucial para todos. Esta é a minha opinião.