Se tem uma figura que conseguiu não dar um, mas vários tiros no próprio pé, esta é o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. Frustrado com o presidente Jair Bolsonaro por questões pessoais nada relevantes, o economista acabou ingressando numa campanha de oposição velada ao governo, o que terminou lhe fazendo parar em uma propaganda do PT.

Parece piada, mas não é! O PT, de fato, usou falas de Weintraub em uma propaganda de campanha pró-Lula veiculada no último sábado. O ex-ministro que se julga um autêntico conservador, portanto, terminou servindo para endossar a narrativa esquerdista contra o presidente da República.

O desfecho da oposição ridícula de Weintraub a Bolsonaro não poderia ser diferente. Para piorar, o ex-ministro endossou a sua postura antigoverno ao dar uma entrevista para o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, o jornalista que foi responsável por uma matéria que desencadeou, judicialmente, uma operação abusiva, a mando do ministro Alexandre de Moraes, contra alguns dos maiores empresários do país, entre eles Luciano Hang.

Em sua fala, Weintraub não poupou o besteirol de sempre: “[O bolsonarismo é] Uma lepra. Onde encosta, fede e apodrece. Os bolsonaristas não são de direita. Bolsonaro falou que sempre foi e sempre será do Centrão. O bolsonarismo é maior do que o Bolsonaro, é um movimento corrupto, totalitário, uma doença. A verdade vai derrotar esse grupo”, disse ele.

A verdade é que Weintraub, aparentemente, se deixou tomar por uma espécie de amargura que o fez adotar uma postura irracional e vingativa contra Bolsonaro, apenas por não ter sabido, ele mesmo, digerir algumas divergências pessoais com o presidente no tocante à relação entre os dois sobre o futuro político do ex-ministro.

Por causa disso, o ex-ministro passou a criar “justificativas” para atacar o governo. Ocorre que, em vez de vingar como um nome forte no conservadorismo (o que ele esperava!), Weintraub acabou minguando, se tornando agora esquecido. A prova disso está na redução da sua expectativa política, deixando de disputar o governo paulista.