No mundo político, disputas partidárias ocorrem diariamente entre os diferentes partidos, mas há também conflitos internos, geralmente por questões de poder. Além do PSDB, por exemplo, que vem travando uma batalha por um nome que vá disputar a presidência da República em 2022, o PTB também está tendo que fazer alguns, digamos… ajustes!

Isso porque, após a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson por determinação do ministro Alexandre de Moraes, ordem essa considerada ilegal e motivada por questões políticas, segundo aliados, a vice-presidente do partido, Graciela Nienov, assumiu o comando da sigla. Entretanto, a chefia da “leoa conservadora” parece não estar agradando alguns partidários.

O próprio Roberto Jefferson vem reagindo a isso através de cartas. Na mais recente, por exemplo, ele diz não admitir “rebeliões internas” no PTB, deixando claro o seu total apoio à Graciela ao dizer que a considera como uma “filha de afeto”.

“Nós não podemos conviver com rebeliões internas, quanto mais fundadas em motivos pessoais”, diz o ex-deputado na carta. “Graciela Nienov é como uma filha de afeto para mim… moça humilde, correta, cristã, honrada, leal, entusiasmada, trabalhadora, líder que se destacou como presidente do PTB”.

As palavras do Bob Jeff soam como uma verdadeira pancada contra quem, aparentemente, está querendo se aproveitar da sua ausência para querer dar outro rumo ao partido. E que rumo seria esse? Não há outra explicação, senão qualquer coisa que vá de encontro ao apoio incondicional ao presidente Jair Bolsonaro.

Nienov tem seguido à risca a visão do Bob quanto ao apoio a Bolsonaro, deixando claro que o partido “está pronto” para recebê-lo e lhe dar autonomia dentro da legenda.

Ela tratou disso esta semana em uma reunião com todos os líderes do PTB, aparentemente já marcando posição e fazendo os ajustes necessários pela união da sigla em função da possível filiação do presidente. Veja abaixo a carta de Roberto Jefferson: