Em toda profissão há pontos positivos e negativos quando o assunto diz respeito a pessoas. Isso porque, o capital humano é passível de falhas onde quer que esteja. No entanto, se tem uma área onde isso aparece com enorme destaque, é na política.

A política acolhe pessoas de todos os tipos, pois para entrar nela, basicamente só é preciso querer. Neste sentido, sociopatas, manipuladores, estelionatários, ladrões e gananciosos pelo poder dividem o mesmo espaço com pessoas sérias, honradas e que realmente desejam lutar por um Brasil melhor.

Nesse mar de possibilidades que a política oferece, a baixaria moral promovida por indivíduos que desejam alcançar o poder a qualquer custo, muitas vezes se torna inevitável, apesar de grotesca e repugnante.

Não há partido que esteja imune a isso, especialmente legendas que possuem milhares ou milhões de filiados, pois quem promove esse tipo de coisa são pessoas, muitas das quais aparecem como “inocentes” e “vítimas” de um sistema que dizem querer combater, mas que na verdade são a real causa do problema.

No PTB, partido do qual sou a presidente no Paraná, a baixaria política também existe em alguns grupos, de forma pontual. Como disse antes, nenhuma legenda está imune a esse tipo de problema, porque todas elas são constituídas por pessoas das mais diversas índoles. A grande questão é: o que fazer? Como identificar e lidar com essa situação?

A resposta está nos frutos! Sim, nos frutos que cada indivíduo produz ao longo da sua vida, militância, trabalho e relacionamentos. Por isso gosto muito de uma passagem bíblica que diz o seguinte:

“Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?

Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.” (Mateus 7: 16-17).

Esse princípio ensinado por Jesus se aplica a tudo, praticamente. Na política, que é o nosso caso, não é diferente, pois dificilmente quem promove baixaria moral em nome do poder, da ganância e ambição, possui um histórico de bons frutos; é o contrário!

Os políticos e ativistas baderneiros que agem em função do próprio umbigo, e não pelo Brasil, costumam perder mais tempo criando e promovendo conflitos do que os solucionando. Esse tipo de gente muitas vezes depende disso para ter alguma visibilidade, em alguns casos até lucros!

O lado bom dessa história, finalmente, é que podemos identificar quem é quem pelos frutos. Basta olhar para o passado de cada um e ver os frutos que deixaram pelo caminho. Eles causaram mais bem, ou mal? Foram sinônimos de paz ou guerras? União ou conflitos? O resultado disso será a resposta.

Feliz daquele que pode olhar para o seu passado e ter a consciência tranquila de que o seu trabalho produziu bons frutos, em vez de espinhos para ferir pessoas, incluindo os adversários. Entre os que se alimentam do caos e os que lutam pelo Brasil, portanto, escolho continuar entre os últimos. Esse é o meu foco.