Após trabalhar como apresentadora do SBT Brasil por quase 10 anos e ser demitida no ano passado, a jornalista Rachel Sheherazade resolveu ingressar com um processo trabalhista contra a emissora, pedindo uma indenização calculada em cerca de R$ 20 milhões.

O motivo, segundo a defesa de Sheherazade, seria o não pagamento de vários direitos trabalhistas à jornalista, garantidos a todo empregado com carteira assinada. Todavia, acontece que a ex-âncora do SBT não foi contratada como pessoa física, mas sim jurídica, como prestadora de serviço.

A defesa de Sheherazade, no entanto, alega que a “pejotização”, ou seja, a contratação como pessoa jurídica e não física teria sido imposta pelo próprio SBT. “Procedimento ilegítimo que o SBT utiliza com a maioria de seu corpo de jornalismo e apresentadores”, diz o advogado André Gustavo Souza Froez de Aguilar na ação, segundo o Notícias da TV.

Entretanto, chama atenção o fato de que, se o procedimento foi “ilegítimo”, como alega a defesa de Sheherazade, como uma suposta imposição do SBT, por qual motivo a jornalista resolveu se manifestar de forma contrária sobre isso só agora? Não foi ela quem assinou, por livre e espontânea vontade, o contrato com a emissora na forma de CNPJ?

Para um dos donos da Rede TV!, Marcelo de Carvalho, Sheherazade está cuspindo no prato que comeu, agindo contra a empresa que lhe deu visibilidade nacional, o que poderá lhe custar futuros trabalhos.

“Onde vai trabalhar qdo perder a ação?? Não pagou os impostos como pessoa física. Saiu do anonimato devido a oportunidade dada pelo SBT. Acusa o patrão de 90 anos que lhe deu merecida bronca de “assédio”. Mentiras calúnias, sacanagens. Só aqui mesmo [sic]”, disparou Marcelo em sua rede social.