O youtuber Felipe Neto usou sua rede social na última quinta-feira (17) para responder um questionamento que, segundo ele, lhe é feito com frequência: “Tem gente q pergunta se uso drogas (sic)”, escreveu. “A resposta, infelizmente, é sim”, completou.

Na sequência, o influenciador digital que recentemente foi classificado como uma “péssima influência” pela psicóloga e escritora Marisa Lobo, explicou se tratar de medicamentos para o tratamento de transtorno depressivo maior e déficit de atenção.

“Ritalina e cipramil pra tratamento de depressão e grave déficit de atenção. Também como mto mais açúcar do q deveria e tenho vício em cafeína. Ainda bem q essas ninguém se importa ou pede pro estado proibir (sic)”, acrescentou Felipe.

Não há nada legalmente que impeça alguém de dizer qual medicamento faz uso. Entretanto, um dos problemas mais comuns quanto ao uso de drogas farmacêuticas é a automedicação. No caso de pessoas como o Felipe Neto, que possui milhões de seguidores nas redes sociais, a divulgação dos fármacos associados ao tipo de problema para o qual eles são destinados pode, sim, ser considerado um ato de irresponsabilidade por parte do youtuber.

O próprio Ministério da Saúde publicou em suas “Dicas de Saúde” uma nota destacando a disponibilidade do nome dos fármacos, “sobretudo em sites, blogs e redes sociais”, como algo que “também está entre os fatores que contribuem para a automedicação”.

Tendo como público alvo milhões de crianças, adolescentes e jovens em geral, muitos dos quais lidando com prolemas semelhantes de depressão e outros transtornos, ao dizer quais medicamentos toma, Felipe Neto naturalmente influencia multidões, mesmo sem ter a intenção, provando que o alerta feito pela psicóloga Marisa Lobo e outros sobre o comportamento do youtuber nas redes sociais possui fundamento.