Uma colocação do presidente Bolsonaro no final da terça-feira (28) gerou mais uma onda de críticas da oposição, após o chefe de Estado rebater o questionamento feito por jornalistas sobre o número de mortos pelo coronavírus no país: “E daí?”, questionou ele.

Questionado por jornalistas na saída do Palácio do Alvorada, o chefe do executivo também afirmou que pode ser “Messias”, mas que “não faz milagre”, afastando a impressão causada pelos críticos de que o mesmo seria o responsável direto pelo número de vítimas fatais no país.

Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 474 mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas, com 71.886 infectados no total. Se trata de um novo recorde.

O presidente Bolsonaro, que em outra ocasião disse que vivenciamos “o maior desafio dessa geração”, também demonstrou consciência de que a pandemia é uma realidade inevitável, assim como o número de infectados e mortos como consequência.

“O vírus vai atingir 70% da população, infelizmente é uma realidade”, afirmou o presidente, rebatendo uma pergunta que lhe cobrou explicações. “Lamento, quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre, ninguém nunca negou que não vai haver mortes”.

No início do mês o presidente já havia demonstrado solidariedade aos familiares das vítimas do coronavírus. “Gostaria, antes de mais nada, de me solidarizar com as famílias que perderam seus entes queridos nessa guerra que estamos enfrentando”, afirmou Bolsonaro, segundo o Estado de Minas.