Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, aceitou nesta 2ª feira (15.mar.2021) o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o cargo de ministro da Saúde, substituindo o general Pazuello.

Bolsonaro confirmou a indicação de Queiroga no início da noite, ao falar com apoiadores ao chegar ao Palácio da Alvorada: “Foi decidido agora à tarde a indicação do médico, doutor Marcelo Queiroga, para o Ministério da Saúde”, declarou o presidente.

Bolsonaro se reuniu com o médico nesta 2ª feira. Disse que a conversa foi “excelente” e que os 2 se conheciam “há alguns anos”. O cardiologista é apoiador declarado do presidente e é bem visto pelos bolsonaristas.

De acordo com Bolsonaro, Queiroga “tem tudo para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje“. Com: Poder360

Opinião Crítica

A decisão de Bolsonaro atende dois requisitos: o primeiro é político, visto que Pazuello estava sob ataque constante da oposição e vinha, por causa disso, tendo a sua imagem desgastada.

O segundo é técnico. Queiroga não apenas é médico, como é um dos mais respeitados no ramo, não por acaso preside a Sociedade Brasileira de Cardiologia. A indicação de alguém desse tipo no atual contexto de agravamento da pandemia visa inibir às críticas.

Estrategicamente foi uma decisão acertada, mas num momento onde o ministério da Saúde já sofreu bastante desgaste, não por erros significativos de Pazuello, mas pela militância irracional da própria oposição.

Pazuello, vale lembrar, não foi indicado no ano passado como ministro interino. Ele foi efetivado justamente pelo bom trabalho que vinha desempenhando. A intenção inicial do governo era substituí-lo, mas o mesmo acabou ficando.

Infelizmente o então ministro, apesar de competente, não soube fazer frente às críticas da oposição. Por outro lado, o fato de não ser da área médica também contribuiu para dificultar a sua postura. A expectativa agora é que Queiroga cumpra esse papel.