O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSL-SP) saiu em defesa do governo federal, ao criticar a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, em suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal.

Moraes se baseou nas denúncias feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro contra o presidente. Segundo o ex-juiz, Bolsonaro estaria tentando interferir na Polícia Federal, sendo a nomeação de Ramagem um suposto indício dessa afirmação.

Para Feliciano, no entanto, Moraes cometeu uma decisão que contraria a Constituição Federal, visto que a nomeação para a diretoria-geral da PF é competência exclusiva do presidente, segundo a Lei.

“A decisão do min Alexandre de Moraes do STF, suspendendo a posse do novo Diretor-Geral da PF Ramagem é uma consumada ARBITRARIEDADE! Suspender ato do Presidente da República baseado em ilações e suposições é um atentado à CF e à separação dos Poderes!”, afirmou Feliciano em sua rede social.

Moraes, por sua fez, ao comentar na sentença as declarações de Moro, afirmou que “tais acontecimentos, juntamente com o fato de a Polícia Federal não ser órgão de inteligência da Presidência da República, mas sim exercer, nos termos do artigo 144, §1o, VI da Constituição Federal, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União, inclusive em diversas investigações sigilosas, demonstram, em sede de cognição inicial, estarem presentes os requisitos necessários para a concessão da medida liminar pleiteada”.