Quando se fala em “movimento negro”, qual é a primeira coisa que vem em sua mente? A luta por “igualdade racial”? A luta contra a não discriminação nos espaços públicos e privados e por maior visibilidade para a população de “raízes africanas”?

Este é o pensamento da maioria que fala contra, por exemplo, o “racismo estrutural”, o qual muitos dizem existir na sociedade ao ponto de prejudicar o protagonismo da população negra.

Não discutimos o mérito sobre a – ainda – lamentável existência do racismo, pois ela é fato. A discussão aqui é sobre o mérito dos grupos que dizem lutar contra o racismo e em prol do negro.

Nomeação de Decotelli

A nomeação do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, sugere que os movimentos negros, ou pelo menos parte deles, não estão realmente preocupados com a visibilidade do negro, mas sim com uma agenda política e ideológica que vai muito além da questão racial.

Não por acaso a rede americana de TV CBN News, publicou recentemente uma matéria apontando exatamente isso, segundo informações do Partido Brasil. Segundo o editorial, o movimento “Black Lives Matter” é mais uma ferramenta da esquerda para promover os ideias marxistas, e não a causa negra.

No Brasil, por exemplo, o silêncio do movimento negro diante da nomeação de Decotelli, que é negro e possui um currículo exemplar, seria um indício claro de que o movimento, de fato, não está interessado no negro em si, mas em outras pautas.

Ou será que a nomeação do primeiro ministro negro para o governo Bolsonaro, acusado por alguns de ser “racista”, não seria algo digno de nota? Ainda que criticamente, mas em tom positivo para com a figura de Decotelli, uma manifestação com relação ao fato seria coerente, mas nem isso.

Neste sentido, ganha força o pensamento de figuras negras como o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que é radicalmente contrário ao ativismo do movimento negro no Brasil. Duvida? Veja aqui.