A deputada estadual paulista Janaína Paschoal voltou a ser atacada por causa dos seus posicionamentos políticos em sua vida privada. Professora de Direito, ela virou alvo de um abaixo-assinado feito por alunos do Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde leciona há anos.

Os alunos-militantes alegam que a renomada jurista “não é mais bem-vinda” na faculdade, em virtude da “contribuição indecente”, em referência à sua atuação no processo de impeachment da ex-presidenTA petista Dilma Rousseff (PT), em 2016.

Pelos argumentos apresentados no abaixo-assinado, observa-se claramente o viés esquerdista dos alunos (ou seria alunEs?). Curiosamente, o grupelho que tenta boicotar a professora Janaína por pensar diferente, acusa a jurista de ter abandonado os “valores democráticos” (risos).

“As suas supostas divergências com os movimentos de extrema direita são mínimas, e consideramos haver, em suas mãos, tanto sangue quanto nas mãos deles”, diz o abaixo-assinado publicado na segunda-feira, em referência ao apoio de Janaína ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Intolerância do “bem”

As universidades brasileiras se tornaram celeiros de doutrinação ideológica, e o resultado é o surgimento de indivíduos cada vez mais intolerantes ao contraditório, visto que nesse tipo de ambiente, enviesado pela esquerda, não existe o verdadeiro debate de ideias, mas sim a imposição do pensamento único.

É o que podemos chamar de intolerância do “bem”: em nome do que para eles significa “democracia”, vale tudo, inclusive calar os divergentes! O que estão tentando fazer com a professora Janaína é só mais um, entre milhares de exemplos dessa realidade.

A formação do pensamento crítico só é possível quando o indivíduo tem acesso aos diferentes pontos de vista acerta de um fenômeno. Mas, na geração atual de “estudantes”, ser confrontado por ideias divergentes é sinônimo de afronta, pasmem, até pelo que chamam de “ciência”.

É lamentável, mas a realidade é que, salvo boas exceções, temos uma geração imbecilizada de estudantes. O que esperar de um país cujo futuro estará nas mãos desses protótipos? Precisamos rever tudo, começando pelas bases do ensino, antes que seja tarde demais.