O presidente Jair Bolsonaro citou uma matéria do jornal Folha de S. Paulo, em sua live na última quinta-feira (24), para expor ao país o que ele considera parcialidade da grande mídia na forma de tratar os fatos acerca de seu respeito.

A matéria citada pelo presidente dá destaque a um grupo de ativistas que utilizam a “arte” como forma de protesto. Assim, eles produziram representações da cabeça dos presidentes Jair Bolsonaro, Donald Trump e Vladimir Putin, como se estivessem decapitadas.

A “arte”, conforme notícia do Opinião Crítica, é carregada de termos ofensivos empregados por seus autores em publicações nas suas redes sociais, denotando claramente agressividade, o que pode ser interpretado judicialmente como incitação à violência, de acordo com o Art. 286 do Código Penal.

Na matéria da Folha de S. Paulo, no entanto, o grupo responsável pela cabeça de Bolsonaro em forma de boneco é retratado meramente como um coletivo de arte, sem qualquer ponderação crítica acerca do material produzido.

O presidente comentou o assunto de forma irônica, exibindo a capa da Folha em suas mãos: “Olha aqui o pessoal jogando pelada com a minha cabeça. Circulou muito. Isso aí é liberdade de expressão. Agora se fosse o contrário, seria Fake News. Passível de cassar o mandato, de prisão e tudo mais”, disse ele.

No mesmo sentido, o presidente acrescentou: “Não tem ninguém, mais do que eu, que sofre fake news no Brasil. E sofreu por ocasião das eleições. Eu era acusado o tempo todo de racista, homofóbico, fascista, misógino. Que não gosto de nordestino. E tem processo no TSE para cassar minha chapa como se eu tivesse sido eleito por fake news”.

Se fosse a cabeça de Felipe Neto, Lula ou Jean Wyllys, continuaria sendo “arte”?