A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira um pedido para que à ex-deputada e ex-candidata à vice-presidente da República na chapa de Fernando Haddad, do PT, Manuela D’Ávila, compareça para prestar esclarecimentos sobre o intermédio que fez entre o hacker responsável pelo roubo de mensagens dos integrantes da Lava Jato, com o editor do site Intercept Brasil.

Segundo informações de O Globo, o hacker Walter Delgatti Neto informou à Polícia Federal que a ex-parlamentar foi a intermediária que o colocou em contato com o jornalista Glenn Greenwald, que desde o início de junho desse ano tem publicado o conteúdo do material roubado por Delgatti, supostamente atribuído aos procuradores da Lava Jato.

“Me coloco à inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração. Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega das cópias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram à Polícia Federal, bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular à exame pericial”, disse Manuela.

A estratégia da defesa de Manuela D’Ávila será inocentar a ex-parlamentar da culpabilidade pelo crime de facilitação da ação do hackers, utilizando como argumento principal sua formação em jornalismo. Todavia, conforme já explicado detalhadamente pelo Opinião Crítica, este será um argumento incabível no contexto do processo. Para entender melhor, leia: “Manuela violou a Lei de Segurança Nacional ao facilitar o trabalho de hacker“.