A atitude de alguns participantes do Big Brother Brasil 19 acabou se tornando caso de polícia. Após denúncias do público, a Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu um inquérito para apurar se houve ou não crime de racismo e intolerância religiosa dentro da casa.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) confirmou a instauração do inquérito, mas disse que as investigações correm sob sigilo e não informou quais são as pessoas envolvidas no caso.

Entre os comentários que causaram polêmica nas redes sociais, destaca-se o da participante Paula von Sperling Viana, feito na semana passada. Enquanto conversava com Diego Wantowsky e Hariany Nathalia, a estudante de direito disse que tinha medo do dramaturgo Rodrigo França, também integrante da casa, por ele “ter contato com esse negócio de Oxum”, e ainda completou: “Nosso Deus é mais forte”. Oxum é um a entidade cultuada no Candomblé e na Umbanda, ambas religiões africanas.

Essa não foi a única fala discriminatória de Paula. Numa conversa no quarto feminino, ela chamou cabelo cacheado de “ruim” e, enquanto contava uma história de assassinato, se disse surpresa ao descobrir que o criminoso não era “faveladão”, mas sim “branquinho” e que “morou não sei quanto tempo na Austrália ou no Canadá”.