Qual, entre todos os ministros do governo Bolsonaro, é o que possui maior aceitação não apenas da direita, mas também da oposição? Talvez, a resposta a essa pergunta esteja no silêncio dos críticos em relação ao ministro Tarcísio Gomes de Freitas, também conhecido como “Homem Asfalto”.

No governo Bolsonaro, o silêncio sobre o trabalho de alguns ministros não é apenas um indicativo do quanto eles estão prestando um excelente serviço à Nação, mas também do quanto estão sendo aceitos até pela oposição. Consideramos isso incluindo a esquerda, a evidência é ainda maior. Este é o caso de Tarcísio!

Até o momento, ninguém da oposição foi – e não ousaria – capaz de apontar falta de comprometimento ou qualquer suspeita de ilicitude no trabalho de Tarcísio. Em pleno ano de pandemia, o seu ministério entregou 86 obras ao país, 12 ativos de infraestrutura, entre 9 leilões e 3 inéditas renovações antecipadas.

Foram 1.259 quilômetros de duplicação, pavimentação e construção. Para este ano de 2021, o planejamento é de mais de 50 concessões, com 23 aeroportos; 17 terminais portuários, o que devem render R$ 137,5 bilhões em investimentos contratados e quase R$ 3 bilhões em outorgas, de acordo com o ministério.

Isso tudo sem falar especificamente do valor social em obras de conclusão da transposição do Rio São Francisco no interior nordestino, o que beneficiou milhões de pessoas em uma das regiões mais difíceis do país.

É óbvio que o silêncio da oposição, portanto, não é só uma questão de reconhecimento do bom trabalho na Infraestrutura, mas também de estratégia política, visto que críticas a Tarcísio não pegariam nada bem perante à opinião pública, uma vez que seriam consideradas injustas.

Chapa Bolsonaro e Tarcísio 2022

Diante do bom desempenho e imagem pública do ministro Tarcísio de Freitas, não há dúvida de que uma possível chapa Bolsonaro e Tarcísio em 2022 poderá ser uma fórmula imbatível para a reeleição do presidente da República, ao menos entre o seu eleitorado.

Por que apenas entre o eleitorado? Porque isso exigiria a substituição do atual vice-presidente, o general Hamilton Mourão, algo que poderia desagradar a ala militar e criar um desgaste do governo neste sentido.

Muito embora Tarcísio também seja um militar, formado inclusive pela Academia Militar das Agulhas Negras e pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), a imagem e a influência de Mourão possui mais peso do que a do engenheiro nesta ala.

Um possível desgaste com os militares não seria suficiente para impedir a reeleição de Bolsonaro em uma eventual chapa com Tarcísio, visto que para a população em geral a imagem do engenheiro supera, e muito, a de Mourão.

Todavia, poderia ser suficiente, sim, para diminuir a força do governo no tocante à influência sobre os militares em geral, algo que é imprescindível em um contexto onde o presidente vive sob ataque constante da oposição e até mesmo dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Ou seja: Mourão, quer queira ou quer não, é uma peça-chave na base de sustentação do governo Bolsonaro.

Tarcísio para o governo de São Paulo?

Fora a especulação sobre uma possível chapa Bolsonaro e Tarcísio em 2022, outra grande e forte possiblidade é a eventual entrada do ministro da Infraestrutura na disputa pelo governo de São Paulo, algo que já vem sendo cogitado pelos eleitores e apoiadores do governo.

Como o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub já anunciou que voltará ao Brasil e ele também tem sido cogitado para essa disputa, até mesmo uma chapa com Tarcísio poderá ser levantada, o que sem dúvida causaria muitos problemas para os seus adversários, dado a união de duas figuras de peso no cenário político atual. Aguardemos!