Conforme o previsto pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e noticiado pelo Opinião Crítica recentemente, o receio dos efeitos causados pelo novo coronavírus pelo mundo tem causado um impacto global na economia, o que resultou em um novo recorde histórico na valorização do dólar nesta quinta-feira (05), cotado em R$ 4,65.

No contexto brasileiro, além das sequelas ainda imprevisíveis do coronavírus, alguns investidores enxergam com desconfiança os confrontos frequentes do presidente Jair Bolsonaro com a imprensa local, segundo o jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense. 

“Há um incômodo grande também entre os empresários, que reclamam da instabilidade política criada pelo Palácio do Planalto. No entender deles, o momento é de o presidente Bolsonaro buscar a conciliação com o Legislativo para facilitar a aprovação de reformas importantes, e não de criar problemas”, disse ele.

Ações europeias no vermelho

Apesar das críticas direcionadas a Bolsonaro por seus embates com a imprensa, indicativos econômicos do exterior demonstram que a alta do dólar se deve, realmente, ao impacto do coronavírus no mundo. “O principal índice de referência europeu sobre ações encerrou em queda de 1,4% após o número de mortos do surto ter aumentado para mais de 3.300”, informou a Reuters.

“Os estoques de viagens e lazer da SXTP caíram 2,9%, com o setor entre os mais atingidos pelo vírus. As ações das companhias aéreas caíram depois que a companhia aérea regional britânica Flybe entrou em colapso, tornando a transportadora em dificuldades a primeira grande vítima do surto do setor”, destacou a agência.