O presidente Jair Bolsonaro comentou o fechamento parcial da fronteira do Brasil com a Venezuela, anunciado na última terça-feira, 17. Segundo o chefe de Estado, o país vizinho não possui a capacidade necessária para enfrentar o avanço do Covid-19, o novo coronavírus.

“Considerando a incapacidade do regime ditatorial venezuelano de responder à epidemia do Covid-19, o governo brasileiro adotará medidas restritivas na fronteira com a Venezuela, de modo a garantir a segurança e a saúde do nosso povo, em especial da região Norte do país”, escreveu o presidente nesta manhã.

O fechamento da fronteira, contudo, é voltado apenas para o transito de pessoas, mas não de mercadorias, uma vez que, segundo Bolsonaro, a economia de Roraima também depende das relações comerciais com o país vizinho.

“Não é o fechamento total, o tráfego de mercadorias vai continuar acontecendo. Se você fecha o tráfego com a Venezuela, a economia de Roraima desanda e, em parte, a da Venezuela também. Não temos como tomar medidas radicais, não vai dar certo”, disse o presidente na terça.

“As medidas restritivas atendem à declaração de emergência da OMS, bem como as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e terão prazo de 15 dias, podendo ser prorrogadas conforme recomendação técnica da Anvisa. Serviços essenciais como transporte de cargas estão mantidos”, completou Bolsonaro.