É cada vez maior o número de pessoas conscientes sobre a necessidade de haver mudanças no modus operandi do ensino público brasileiro, especialmente o universitário, que há décadas tem sido utilizado como palco para o ativismo político-ideológico. Felizmente, não apenas alunos, mas também professores, como a doutora Rosana Soibelmann Glock, estão decidindo reagir e fazer a diferença em seus círculos de atuação.

Rosana Soibelmann Glock é fisioterapeuta, psicóloga, mestre e doutora em Gerontologia Biomédica, com ênfase em Bioética e Ética em Pesquisa. Atualmente ela é professora associada do Campus Uruguaiana da Universidade Federal do Pampa, mais conhecida como “Unipampa”.

Em uma entrevista recente para a própria instituição, Glock falou da sua candidatura à reitoria da Universidade, marcada para ser votada no próximo dia 28 de agosto. A professora que atua principalmente em atividades de pesquisa, extensão e ação comunitária, falou sobre a necessidade de renovar o ensino público.

“É urgente mudarmos o paradigma sobre a Universidade Pública. Quero fazer parte desta mudança, que é tão necessária”, disse ela. “A universidade pública não é gratuita; a sociedade paga, e bem caro, para que os estudantes não precisem desembolsar dinheiro”, completou.

Sobre os recentes movimentos contrários ao contingenciamento de verbas do Governo Federal, anunciados pelo MEC, Glock disse ter ficado “envergonhada” pela forma como alguns dos seus colegas de docência trataram o assunto, aparentemente, de forma distorcida.

“Há um desgaste enorme das relações acadêmicas e da relação com a comunidade que nos abriga, e da qual fazemos parte. Quando gestores vão a público dizer que o contingenciamento de verbas provocará queda na qualidade do ensino na Unipampa, me sinto envergonhada”, disse ela.

“Preciso de ajuda para divulgar”

Aparentemente, a professora Rosana Soibelmann Glock é uma docente que faz questão de defender o verdadeiro pensamento científico nas instituições de ensino do país, visto que o aparelhamento ideológico ao longo das décadas prejudicou consideravelmente a formação superior, e boa parte disso devido ao próprio ativismo docente.

Em sua página no Facebook, Glock pede ajuda para divulgar a sua candidatura à reitoria da Unipampa, já que o uso dos grupos de emails institucionais está proibido para campanha e as candidaturas, de acordo com a nota técnica do MEC, de dezembro/2018, são uninominais. Assim, conforme esse modelo, ela se candidatou de forma uninominal, sem a formação de chapa.

“Faço parte de um grupo de professores que está crescendo no Brasil todo e quer mudanças genuínas nas universidades públicas. Um grupo sem vinculação partidária e sem ligação com ideologias de esquerda”, escreveu a psicóloga.

“Docentes pela Liberdade: um grupo de liberais e conservadores que deseja que o governo atual, eleito democraticamente, tenha êxito. Somos a favor do Brasil”, destacou a professora. “Vamos trabalhar juntos em harmonia, clima agradável, com liberdade de pensamento, liberdade de expressão, respeito, tolerância genuína; chega de ‘tolerância cosmética’  que só incita a ruptura institucional”.

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