Considerado um dos teólogos mais rígidos da Igreja Católica Romana, o papa emérito Bento XVI voltou aos noticiários esta semana, após uma declaração sua soar estranha para a cultura atual, muito embora no âmbito teológico-cristão reflita os ensinamentos da Bíblia Sagrada, sendo portanto natural.

Bendo XVI sugeriu que a união entre pessoas do mesmo sexo, também chamada de “casamento gay”, seria reflexo do espírito do “Anticristo” na atual geração. 

“Há um século seria considerado absurdo falar sobre casamento homossexual. Hoje, quem se opõe a ele é excomungado da sociedade. Acontece a mesma coisa com o aborto e a criação de vida humana em laboratório”, afirmou o papa.

Ele acrescentou que “a verdadeira ameaça para a Igreja é a ditadura mundial de ideologias que se pretendem humanistas (…), a sociedade moderna está formulando um credo ao anticristo que supõe a excomunhão da sociedade quando alguém se opõe”.

O pensamento do pontífice foi publicado recentemente em sua biografia chamada “Bento XVI – Uma Vida”, segundo o Gospel Mais. A postura do papa aposentado contrasta um pouco com a do atual. 

“O que ele prega é que, antes de vermos o que há de diferente, a Igreja se firme no que nos une, que é o amor ao próximo. É a grande reviravolta”, analisa Francisco Borba Ribeiro Neto, do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ao falar de Papa Francisco, segundo a Exame.

Apesar de já ter se posicionado contrário ao “casamento gay”, o papa Francisco sugere uma visão mais flexível em relação ao ativismo LGBT, optando por uma linha teológica mais liberal, o que não agrada parte da ala conservadora católica.