O presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, não tem poupado críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), após a decisão do ministro Edson Fachin de anular às condenações do ex-presidente Lula.

Para Jefferson, os ministros estariam inviabilizando o governo do presidente Jair Bolsonaro através do poder judiciário. “O Supremo está empoderando governadores e prefeitos e amarrando as mãos do presidente”, comentou o político em suas redes sociais.

“Já, já, você vai ter movimento separatista. Já, já a gente perde a Amazônia. É uma violência à segurança nacional e à integridade territorial do Brasil”, ressalta o polêmico Bob Jeff, como também é conhecido.

Falando ao Jornal da Cidade, o político disse acreditar que o Supremo acabou igualando o poder dos governadores ao do presidente Bolsonaro, após conceder autonomia aos estados e municípios para agir conforme suas decisões durante o combate à pandemia.

“Os estados não têm a mesma importância da presidência da República, o governador está em linha hierárquica abaixo do presidente. O supremo igualou, fez no Brasil um estado confederado, o que levou a América à Guerra da Secessão, em 1860. O que estamos vendo no Brasil é uma guerra confederada. Já, já você vai ter uma divisão territorial. É uma ameaça que o Supremo está fazendo à unidade territorial brasileira”, disse ele.

Roberto Jefferson acredita que Bolsonaro precisa agir de forma radical, a fim de “aposentar” os 11 ministros do STF, uma visão sem dúvida considerada antidemocrática pelos próprios magistrados e também críticos do governo, uma vez que o Supremo constitui um dos três poderes da República, lado ao Legislativo e Executivo.

Mas, na opinião do presidente do PTB, a medida se justificaria diante das recentes decisões do Supremo nas questões relacionadas ao poder Executivo. “Está na hora do Brasil reagir. Está na hora do presidente, como chefe supremo das Forças Armadas, ir lá no artigo 142 da Constituição e convocar as Forças Armadas para aposentar esses 11 ministros”, disse ele.