O presidente Jair Bolsonaro comentou a quantidade de críticas que vem recebendo, após a divulgação de que escolheu o jurista Augusto Aras para ser o novo procurador geral da República, no lugar de Raquel Dodge, que deixará o cargo no próximo dia 17.
“A nossa vida não é fácil, qualquer decisão tomada para um lado ou para outro tem problema. Hoje, não tenho vetos na lei do abuso de autoridades. Acolhi todos os indicados do Moro, pelo nosso advogado geral da união, pelo CGU e pelo chefe da Casa Civil. Indiquei à tarde o PGR. Estou recebendo muita crítica de gente que votou em mim”, disse Bolsonaro em uma conversa com eleitores na tarde desta quinta (5).
Bolsonaro pediu paciência ao público, para que Augusto Aras tenha “um tempo” de trabalho, a fim de ser avaliado, explicando que precisa da confiança dos eleitores. “Se não acreditam em mim e continuar fazendo esse trabalho de não acreditar, eu caio mais cedo, mais cedo o PT volta. Vamos esperar dar um tempo ao novo PGR, o universo era pequeno, e eu tinha que escolher”, disse ele, segundo o UOL.
Nas redes sociais, vários apoiadores de destaque viram a decisão de Bolsonaro para a PGR como um possível grande erro do presidente. “O passado de Augusto Aras me faz ter expectativas ruins e questionar se esta indicação foi acertada. Espero que as expectativas que me tomam estejam erradas”, disse o deputado e jornalista Paulo Eduardo Martins em seu Twitter.
Se Bolsonaro tivesse uma ideia do estrago produzido na sua base de apoio pela indicação de um esquerdista pró-establishment à chefia da PGR, creio que não teria feito tal escolha.
Nunca vi tanta gente afirmando que estava encerrando o seu apoio ao presidente.
— Leandro Ruschel ???????????????????? (@leandroruschel) September 5, 2019
O passado de Augusto Aras me faz ter expectativas ruins e questionar se esta indicação foi acertada. Espero que as expectativas que me tomam estejam erradas.
— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) September 5, 2019