A reação contra a Rede Globo após a publicação de uma matéria que vincula o nome do presidente Jair Bolsonaro ao caso Marielle Franco, já saiu da esfera civil e entrou na de pessoa jurídica. Isso porque a rede Condor de supermercados, com sede no Paraná, decidiu suspender suas veiculações comerciais na emissora.

Para contextualizar ainda mais a sua manifestação, a empresa focou o corte de anúncios durante os programas “jornalísticos nacionais como Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal Nacional e Fantástico, bem como em programas que contrariem os princípios e valores familiares, como Malhação e a novela das 21h”.

Em comunicado oficial à imprensa, a Condor também informou que “a decisão está fundamentada na parcialidade que o jornalismo nacional da emissora vem demonstrando, onde apresenta matérias sem o devido cuidado, apenas de cunho sensacionalista, especialmente contra o Presidente da República (Jair Bolsonaro)”, diz o texto.

A empresa esclarece, contudo, que permanecerá com os investimentos na RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná, com o intuito de reforçar a programação regional e de “entretenimento saudável”. “Não cortamos as propagandas da RPC, apenas não serão veiculadas em certos horários”, reitera a nota, segundo a Veja.

A decisão da Condor representa um grande prejuízo para a Globo, e ele pode ser ainda maior se o exemplo for seguido por outra empresas. Com 49 lojas em dezessete cidades paranaenses e duas de Santa Catarina, a Condor é uma das maiores do segmento no país.