Em nome da Procuradoria-Geral da República, o vice-procurador-geral da PGR, Humberto Jacques de Medeiros, enviou ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a comunicação de que o órgão não irá investigar a família Bolsonaro pela suposta existência do “gabinete do ódio”.

“A ausência de fatos concretos que possam ser efetivamente atribuídos aos noticiados inviabiliza, portanto, a instauração de procedimento próprio”, diz a nota endereçada ao ministro.

No documento, o procurador lembrou ainda que o próprio Facebook não tomou quaisquer medidas contrárias os supostos perfis falsos usados para atacar adversários, o que indicaria fragilidade na denúncia apresentada em julho ao Supremo pela deputada de esquerda, Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

“Destaque-se que nem mesmo o Facebook adotou qualquer medida em face deles, como seria o caso, por exemplo, da retirada das respectivas contas oficiais. E isso se deu, naturalmente, por inexistirem quaisquer elementos que vinculem-nos minimamente às acusações formalizadas por meio desta notícia-crime”, rebateu Medeiros.

Em sua resposta, Medeiros também ressaltou que cabe somente ao Ministério Público (MP) avaliar a abertura de investigações contra suspeitos, segundo informações do Estadão.