A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, concedeu uma entrevista onde comentou o cenário político na América Latina, incluindo o Brasil, destacando o número de manifestações que ainda ocorrem em países como o Chile, Bolívia e Venezuela.

“Não estamos alarmados com os protestos e com o desenvolvimento das manifestações. Na América Latina existe uma disputa sobre qual será o modelo modelo econômico implementado”, disse a presidente do PT.

“Nos países onde o modelo neoliberal existe há muito tempo, nós vemos pessoas nas ruas protestando pela falta de direitos, pela precariedade das condições de vida e pela situação econômica. O Chile é um exemplo claro disso, assim como na Argentina. Alberto Fernández e Cristina Kirchner ganharam uma eleição porque a política econômica de Macri é uma política que empobreceu o povo argentino”, afirmou.

Com a mesma narrativa utilizada pelos partidos de esquerda, especialmente o PT, Gleisi Hoffmann afirmou que existe um “desmonte” no Brasil devido à gestão do presidente Jair Bolsonaro, sugerindo que a população deve reagir da mesma forma que nos demais países do continente.

“O que nós estamos vendo na América Latina é uma luta do povo para que seus direitos não sejam retirados. Aqui no Brasil com certeza haverá a reação, e isso não é um chamado de partido A ou B. É uma realidade que vai se impor ao povo brasileiro”, disse ela.

Na sequência, após afirmar curiosamente que a “reação” será uma imposição [“impor”, disse ela] “ao povo brasileiro”, a presidente do PT chama o Brasil de país pobre e sem qualquer estímulo econômico, contrariando os últimos dados estatísticos que apontam a recuperação da economia.

“Esse estado está sendo desmontado. O Brasil é um país pobre com tantas pessoas sem proteção social, sem estímulo para a economia se desenvolver, gerar empregos e condições de vida digna para povo. Obviamente que a população vai entender isso e vai protestar”, concluiu, segundo o Sputnik.