A psicóloga Marisa Lobo, uma das principais apoiadoras de Bolsonaro em Curitiba, terra da Lava Jato, e indicada como pré-candidata à prefeitura da cidade, usou suas redes sociais para criticar o aparente conflito entre parlamentares da bancada evangélica no Congresso Nacional, aliados do governo.

Marisa sugeriu que por questões de interesse pessoal há falta de união no meio político-protestante. “Evangélico nunca soube fazer política mesmo, vamos falar a verdade? O ego sempre esteve acima das causas, é um defeito que muitos deputados tem”, disse ela. “Não apoiam projetos que esteja nas mãos de outro, sim há desafetos e burrice no meio. Peço perdão, estou falando dos que conheço”.

“Fico envergonhada com matérias falando da desunião entre dep. evangélicos. Infelizmente é verdade, a unidade deveria estar acima de egos, mas infelizmente não está. Querem ser o pai da criança, se não são, não a protegem. É vergonhoso tratar a política de forma tão imatura”, completou.

Marisa Lobo parece ter se referido à notícia do jornalista Thiago Prado, da revista Época, que escreveu dizendo que o “protagonismo de Feliciano [deputado e pastor] nos últimos meses e divergências temáticas dividem parlamentares” da bancada evangélica no Congresso.

“A bancada evangélica foi unida ao Palácio do Planalto hoje para um café da manhã com Jair Bolsonaro, mas nos bastidores os parlamentares ligados ao segmento não estão tão afinados assim. O recente protagonismo do pastor Marco Feliciano (Podemos-SP), organizador do encontro, como grande interlocutor do segmento junto ao governo está longe de ser consensual”, escreveu o jornalista, segundo o Gospel Mais.

Para Marisa, se trata de “puxação de saco”

A psicóloga, também conhecida por sua luta contra a ideologia de gênero e por rodar o Brasil dando palestras contra a depressão e suicídio, avaliou que os interesses de alguns é fruto da “puxação de saco” do presidente Bolsonaro.

“A puxação de saco, para estar ao lado do presidente é tão infantil, que prova que o ego que tanto pregam e rejeitam nos púlpitos fazem parte da relação parlamentar x governo. Nem todos tem capacidade emocional e técnica de estar lá”, disparou Marisa.

“Estar próximo do presidente é uma honra, no momento que possa fazer a diferença não sendo um peso, ou um bobo da corte, concordando com tudo, passando por cima de causas, de opiniões, sem ter a expertise de influenciar positivamente as decisões para o bem da coletividade”, completou.

Por fim, Marisa Lobo defende que os parlamentares pensem mais no coletivo, visando o Brasil e as causas comuns dos cristãos e não nos interesses pessoais meramente.

“Enquanto a individualidade não for arrancada das mentes de alguns dep evangélicos, não houver realmente união saudável, seremos vistos como aqueles arregimentados somente em época de eleição, que tem a honra de estar próximo ao presidente, mas não fazem parte das decisões”, conclui a psicóloga.