O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que “não vê problema” em utilizar os cerca de R$ 2,5 bilhões do chamado fundão eleitoral no combate ao novo coronavírus. O deputado também citou que é possível reduzir os custos com os três poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário, para a mesma finalidade.

“Se é no fundo eleitoral ou partidário, que podem representar R$ 2,5 bilhões, não vejo problema, que se use. Agora, nós precisamos entender: a Saúde vai precisar de quanto? De R$ 50, R$ 100, R$ 150 bilhões. Só um projeto de suspensão do contrato de trabalho para contratar o seguro-desemprego vai custar quanto? De R$ 80 a R$ 100 bilhões”, disse ele em suas redes sociais.

“Por isso, a gente não precisa estar preocupado com gastos que tem previsão futura. Temos que usar qualquer rubrica”, completou Maia, deixando claro que após o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso, o Planalto agora poderá usar o valor que for necessário no combate à pandemia no país.

“Se não existe mais meta… o governo tinha projetado um gasto acima de sua receita primária de R$ 126 bilhões. Ele agora pode gastar R$ 200, R$ 300, R$ 400 bilhões”, frisou o parlamentar, citando também a possível colaboração dos três poderes. 

“Todo poder público vai ter que contribuir. Transferir isso para o parlamentar é fazer apenas um gesto importante, mas que não tem nenhum impacto fiscal. Acho que os três Poderes vão ter que contribuir: Legislativo, Executivo e Judiciário. Os salários no nível federal são o dobro no seu equivalente no setor privado”, concluiu.