O vereador Fernando Holiday (Patriotas/SP), ex-coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), anunciou que está saindo do movimento por “razões pessoais”, a fim de se dedicar ao que ele considera maior prioridade, como as “causas LGBT”.

“Estou saindo por razões pessoais, tenho projetos que quero desenvolver que nesse momento que não são prioridade para o momento, de proteção à vida e causas LGBT”, disse Holiday, que é homossexual, ao jornal Folha de S. Paulo.

O vereador frisou, contudo, que a sua saída do MBL não se dá por intrigas com o grupo, mas sim pacificamente. “Minha saída vai ter um impacto inicial para o movimento, mas por outro lado vai ser uma oportunidade de o MBL testar novas vozes, novas lideranças”, disse ele.

É possível, contudo, que o vereador esteja procurando se dissociar do grupo por causa dos desgastes que o movimento vem sofrendo nos últimos dois anos, após se posicionar contra o governo e aderir à narrativa do impeachment de Bolsonaro.

Voto de castidade

Apesar de se assumir homossexual, Holiday entende que a prática sexual entre duas pessoas do mesmo sexo é pecado, conforme ensina a doutrina cristã. Católico, ele disse durante uma entrevista para a revista Época que a única forma de não pecar é se abster de qualquer relacionamento desse tipo.

“O fato de eu namorar outro homem é um pecado. O fato de eu ter um desejo constante por outra pessoa do mesmo sexo, mas não fazer isso, não é um pecado. É a única saída em estar na igreja católica e ser homossexual”, afirmou.

Ao que tudo indica, portanto, a prioridade a causas LGBT, como disse o vereador, se deve aos direitos fundamentais pela vida, como a proteção da pessoa humana, e não a certos privilégios.