Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), validou nesta terça-feira (17/09/2019) a destinação dos recursos do fundo da Petrobras para ações e educação na Amazônia. O acordo bilionário já tinha sido assinado pelo governo, Câmara, Senado e Procuradoria-geral da República (PGR). Faltava apenas a homologação do magistrado.

Segundo a decisão de Moraes, o recurso ficou divido em: R$ 1,6 bilhão para educação e R$ 1 bilhão para a Amazônia – que devem ser investidos em prevenção, fiscalização e combate a desmatamentos e incêndios. Confira os detalhes da divisão:

Para a educação

R$ 1.001.941.554,97 para ações relacionadas à educação infantil; R$ 250 milhões para o Ministério da Cidadania, para ações relacionadas ao Programa Criança Feliz (desenvolvimento integral da Primeira Infância);

R$ 250 milhões para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, para ações de empreendedorismo e bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);

R$ 100 milhões para ações socioeducativas em cooperação com os Estados, preferencialmente por intermédio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Para ações na Amazônia

R$ 630 milhões para administração pela União de ações de operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e outro institutos; R$ 430 milhões para execução pelos estados da Região amazônica.

Comentário:

Não há nada mais incontestável quando se trata da operação Lava Jato do que os números, pois eles não deixam mentir. A bagatela de R$ 2,5 BILHÕES recuperados da corrupção é como um tapa na cara dos que criticam a maior operação anticorrupção do mundo, e entre eles está o ministro do próprio STF, Gilmar Mendes, que já insinuou que os integrantes da força-tarefa se comportam como uma “organização criminosa”.

O destino dos bilhões é uma demostração do quanto a Lava Jato é importante, pois revela o quanto o país deixa de investir em seu próprio povo, por causa dos desvios oriundos da corrupção. Nada melhor do que o próprio STF precisar homologar essa decisão, pois isto significa o reconhecimento forçado do excelente trabalho desempenhado por figuras como Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro, ambos criticados pelos mandatários de toga.