O ministro da Educação, Abraham Weintraub, criticou o presidente da França, Emmanuel Macron, em sua rede social no último domingo (25), utilizando um tom bastante agressivo para com o chefe do Executivo francês.

“A França é uma nação de extremos. Gerou homens como Descartes ou Pasteur, porém também os voluntários da Waffen SS Charlemagne. País de iluministas e de comunistas. O Macron não está à altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês.” 

A declaração de Weintraub é mais uma reação dos membros do governo brasileiro, contra a manifestação de Macron na semana passada, ao insinuar que a Amazônia não pertenceria ao Brasil, ao se referir à ela como “a nossa casa”, em comunicado aos sete países membros do G7.

Macron também disse, na última sexta-feira (23), que se oporá ao acordo de livre comércio entre Mercosul e a União Europeia porque o presidente Jair Bolsonaro (PSL) teria mentido quando minimizou as preocupações sobre a mudança climática na reunião do G20, em junho.

Circula entre os apoiadores do governo Bolsonaro a suspeita de que essa posição do presidente francês seria uma desculpa velada para abandonar o acordo, tido como prejudicial para a concorrência interna do setor agropecuário no seu país.

“O Brasil também já elegeu governantes que chamavam facínoras como o Kadafi de irmão, acolhia terroristas e criticava injustamente democracias. Itália, EUA, Israel foram inúmeras vezes ofendidos. Lembrem que já fomos um anão diplomático. ‘Ferro’ neste Macron, não no povo francês”, publicou Weintraub em outra postagem, no Twitter.