Considerado um dos representantes mais equilibrados da esquerda no Congresso Nacional, o ex-senador Cristovam Buarque utilizou a sua rede social para criticar o presidente Jair Bolsonaro, pedindo o seu impeachment, após o mesmo chamar o educador Paulo Freire de “energúmeno”. 

“Chamar de energúmeno ao patrono da educação, escolhido pelo Congresso depois de longo processo, deve ser motivo para impeachment. Seja porque o presidente é um energúmeno, seja porque não sabe o que a palavra significa”, escreveu ele.

A declaração de Cristovam Buarque foi rapidamente rechaçada por internautas, incluindo os próprios seguidores, alguns enxergando o pedido de impeachment como um ato de autoritarismo do ex-parlamentar, visto que visa punir uma opinião. Outros aproveitaram para endossar às críticas a Paulo Freire.

“Congresso vermelho, governo vermelho, patrono vermelho! Por isso Paulo Freire foi escolhido como ‘patrono da educação’. De lá pra cá, TODOS os índices vexatórios da educação mostram o FIASCO q a ‘pedagogia do oprimido’ representa na prática. Só enviesados continuam a defendê-lo”, escreveu um internauta.

“Senador, tenho muito respeito por vc e a seu legado, mas agora tenho de discordar. Apesar de não gostar do presidente e do trabalho que ele realiza, devemos prezar e proteger as instituições. Impeachment não é algo a ser pedido toda hora ou por qualquer coisa”, pontuou outro seguidor.

Em sua declaração, Jair Bolsonaro destacou os anos de doutrinação ideológica da esquerda na educação do país, incluindo a sua influência no Congresso, o qual tornou Paulo Freire patrono da Educação do Brasil em 2002.

“Era uma programação totalmente de esquerda, ideologia de gênero, dinheiro público para ideologia de gênero. Então, tem que mudar. Reflexo, daqui a 5, 10, 15 anos vai ter reflexo. Os caras estão há 30 anos, tem muito formado aqui em cima dessa filosofia do Paulo Freire da vida, esse energúmeno, ídolo da esquerda”, declarou Bolsonaro.