A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) prestou depoimento à Polícia Federal na última quarta-feira (13), onde apresentou a sua versão sobre o caso envolvendo o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, nas acusações feitas ao presidente Jair Bolsonaro.

Zambelli negou ter conversado com o presidente sobre a possível indicação do ex-juiz para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), mas confirmou que tinha a intenção de ajudá-lo, caso possível, uma vez que possui uma boa relação com o presidente.

A deputada, no entanto, negou qualquer tipo de interferência ilegal tanto da sua parte, como da parte de Bolsonaro, e explicou que na sua visão Sérgio Moro decidiu renunciar ao cargo de ministro porque não teria suportado “derrotas” em seu ministério.

Falando sobre a intenção de saída do ex-juiz, Zambelli disse “ao ex-ministro SERGIO MORO entender ‘sua frustração’, esclarecendo que esta ‘frustração’, na visão da depoente, não tinha relação com a troca do Diretor Geral da Polícia Federal e sim com ‘diversas derrotas’ em iniciativas de projetos junto ao Congresso Nacional, como o pacote anticrime, por exemplo”, diz um trecho do depoimento.

Zambelli ainda relatou que tentou até o último momento dissuadir Sérgio Moro da ideia de abandonar o governo. 

Ela disse “que minutos antes da coletiva de imprensa em que o SERGIO MORO pediu sua exoneração, a depoente ainda enviou mensagens ao ex-ministro, no sentido de demovê-lo da ideia de sair do Governo, não tendo naquela oportunidade algo novo a dizer a SERGIO MORO para convencê-lo”, informou o R7.