No último dia 14 (sábado), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deu início – acreditem se quiser – a uma série de palestras na França. O primeiro evento da viagem foi um ato pedindo a libertação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso há um ano e meio na Operação Lava Jato.

Na terça-feira, Dilma participou de uma conferência em Sorbonne que pergunta: “O Brasil ainda é o país do futuro?”, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. “Lula está na prisão porque, se sair de lá, muda a correlação de forças políticas no Brasil. Está na prisão porque representa a luta pela democracia”, disse a ex-presidente impichada em 2016 por fraudes financeiras durante a sua gestão.

Em seus discursos, Dilma utilizou a velha narrativa da esquerda sobre o “golpe”, além de atacar diretamente o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. “O Golpe de 2016, a prisão do Lula e a destruição dos partidos de centro e de direita. Tudo isso com o apoio da mídia, das Forças Armadas, do mercado e de setores políticos, que achavam que seria possível controlá-lo”, disse ela.

Segundo o tabloide esquerdista Conversa Afiada, ela também atacou Bolsonaro: “O problema é que Bolsonaro não tem chip de moderação”. Segundo Dilma, os apoiadores de Bolsonaro “passam a ter incômodo com o fato de ele ser tosco, com o fato de ele ser misógino”.

General Heleno reage

Para o general Augusto Heleno, Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a viagem de Dilma Rousseff ao exterior não teve outro objetivo, senão denegrir a imagem do Brasil e atacar o atual governo.

“A Sra Rousseff, durante palestra em Paris, fez várias críticas ao Pres Bolsonaro. Não falou de seu lamentável passado como guerrilheira, de seu merecido impeachment nem do fracasso da sua candidatura ao Senado por MG. Viaja para denegrir a imagem do Brasil no exterior”, disse ele em sua rede social.