O conflito envolvendo a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro teve uma reviravolta no final desta quinta-feira, após o deputado Daniel Silveira, do PSL do Rio de Janeiro, que gravou a reunião de deputados onde o delegado Waldir (PSL-GO) aparece dizendo que vai “implodir” o governo, afirmar que a gravação foi proposital e teve como objetivo proteger a República.

Silveira disse que decidiu gravar a conversa usando o celular com a intenção de blindar Bolsonaro do que ele chamou de “provável conspiração”.

“Isso estava em conluio, na verdade. Tivemos que trabalhar como infiltrados ali para poder conseguir acessar as informações, senão não tinha como. Era uma cúpula fechada tramando contra a República. Isso aí por fundo partidário, dinheiro e poder. Não serve, o Brasil não espera mais isso.”, disse ele, segundo O Antagonista.

Questionado se Bolsonaro tomou conhecimento dos áudios, ele disse: “Claro, ele foi o primeiro a ouvir.”. Ainda segundo Silveira, o presidente teria ficado surpreso com o que ouviu na gravação, “porque tinha muitas informações ali, informações que, ao meu ver, são um pouco estarrecedoras, porque trariam um prejuízo, de fato, para o Brasil.”

“Eu estou eleito na base do Bolsonaro e, custe o que custar, a gente vai defender o presidente”, disse o parlamentar.