Diante da polêmica midiática criada esta semana contra o presidente Jair Bolsonaro, pelo fato do mesmo ter compartilhado em sua conta pessoal no WhatsApp um vídeo que faz uma convocação para a manifestação do próximo dia 15, é importante destacar o quanto os críticos do atual presidente possuem caráter seletivo e nada compromissado com a realidade.

Em uma gravação feita em 2016 a ex-presidente Dilma Rousseff aparece fazendo uma convocação por manifestações populares contrárias ao processo de impeachment que resultou em sua expulsão do Planalto. 

“Eu vou pedir mais um esforço”, disse ela. “Acho que nesses meses que faltam até o julgamento (do impeachment), eu acho que seria muito importante a mobilização de todos (…), porque nós podemos reverter esse jogo”, completou a petista, destacando se referir ao sentimento que “vem das ruas”.

O jornal O Globo, na época, destacou em sua manchete: “Em vídeo no Facebook, Dilma convoca mobilização contra o impeachment”. Observe o print na capa desta matéria, comprovando que a intenção da petista foi mesmo incitar os seus apoiadores. Sendo assim, a pergunta é: se é contra o impeachment, não é contra a democracia?

Ora, se o processo de impeachment se dá por vias democráticas, através do Congresso Nacional, apenas diante de acusações de crimes de responsabilidade, exigindo o julgamento da Câmara e do Senado em diferentes etapas, não é possível afirmar que convocar uma mobilização popular contra este recurso é, sim, uma forma de atentar contra a democracia?

Diferentemente do presidente Jair Bolsonaro, que supostamente apenas compartilhou um vídeo de terceiros em uma conta pessoal, sem qualquer declaração própria sobre o assunto, Dilma Rousseff não apenas gravou um vídeo, onde ela mesma aparece pedindo explicitamente a manifestação, como também compartilhou o seu conteúdo em uma rede social pública (confira aqui).

Não houve qualquer denúncia, críticas e polêmicas da imprensa ou mesmo da oposição quanto à convocação feita por Dilma na época. Silêncio total! Este fato, portanto, revela o caráter extremamente seletivo na forma como a grande imprensa trata o atual governo, assim como a oposição. 

Não é por acaso que diariamente a mídia tradicional tem perdido a sua credibilidade, assim como deputados e senadores que atacam, de forma injusta, o presidente Jair Bolsonaro. A população não é mais refém da informação monopolizada e agora possui senso crítico o suficiente para discernir quando está sendo manipulada. Assista: