Nascida em Dourados (MS), mas residente em São Paulo há 20 anos, Suéllen Rosim (Patriota) se tornou a primeira mulher eleita para a Prefeitura de Bauru, no interior do estado, o que despertou a fúria de adversários, resultando em ameaça de morte e injúria racial.

Ela foi eleita com 89.725 votos, o equivalente a 55,98% dos votos válidos. Após o resultado, a prefeita recebeu mensagens racistas. Em uma delas, por email, também houve ameaça de morte.

“Bauru não merecia ter essa prefeita de cor com cara de favelada comandando a nossa cidade”, diz uma das mensagens. “A senzala estar no poder nos próximos quatro anos.”

Por email, um homem identificado também a chamou de “macaca” e disse que pegaria em uma pistola para lhe matar em casa, segundo o G1. Suéllen já registrou Boletim de Ocorrência e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Formada em comunicação pelo Centro Universitário Toledo, ela foi repórter e produtora da TV TEM, mas também atua como cantora gospel ao lado da sua irmã, segundo o Congresso em Foco. O seu partido lhe define seu perfil como “moralmente conservador, economicamente defensor do livre-mercado e confessionalmente cristão”.

Ao G1, ela lamentou os ataques que vem sofrendo. “É um absurdo a gente ainda ter que ouvir esse tipo de palavra, dessas questões raciais. É inadmissível. Lamento muito. A gente tem tanta coisa pra discutir da cidade, tantos problemas no município e a gente ter que discutir um assunto tão pesado”, afirmou.

“É uma minoria que ataca, mas precisa ser combatida. Porque eu ainda acredito muito que as mensagens de carinho que eu recebi foram muito maiores. Que a Justiça seja feita para que essa pessoa não faça isso com outras pessoas”, concluiu.