O ex-deputado Jean Wyllys reagiu ao pedido de prisão emitido pela Polícia Federal contra a ex-presidente Dilma Rousseff na última terça-feira (06). O pedido, contudo, foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. A manifestação do ex-BBB veio através de uma carta enviada para a petista, onde o mesmo comenta o motivo pelo qual cuspiu no então deputado federal Jair Bolsonaro, em 2016.

“Dilma, não sei se você sabe, mas, naquela noite em que teve início o golpe disfarçado de processo de impeachment”, iniciou Wyllys na carta. “Bolsonaro me xingou de ‘queima-rosca’ e me disse ‘tchau, querida’, numa referência à frase que o Lula lhe disse na conversa grampeada ilegalmente por Sergio Moro e divulgada pela Globo”, completou.

Na sequência, Wyllys utiliza a mesma narrativa da esquerda em geral ao atacar o atual governo, chamando-o de “fascista”, “misógino” e outros adjetivos proferidos em escala de repetição exaustiva. O ex-juiz Sérgio Moro também foi alvo de ataques.

“Os ricos brasileiros, os banqueiros ilustrados, os marajás do funcionalismo público, os donos de veículos de comunicação e os intelectuais endinheirados que fizeram da Lava Jato um complô e, do cafona e medíocre Sergio Moro, um fantoche, não esperavam que as facções criminosas com as quais se aliaram”, destacou o ex-BBB em sua rede social.

A carta de Jean Wyllys dirigida à Dilma, no entanto, soou de forma cômica para muitos, visto que o ex-parlamentar usou de oportunismo para mais uma vez se expor diante de um fato que deveria constranger a ele mesmo: agredir outro parlamentar com um cuspe.

Se é verdade que Bolsonaro xingou Wyllys de “queima-rosca”, tal fato no âmbito da pessoalidade também é reprovável, mas sem dúvida é ainda pior a reação animalesca do ex-BBB em responder a ofensa com uma cusparada. Retornar ao passado e destacar minúcias desse fato vergonhoso (para ambos) com ares de orgulho só reforça essa tese.