Com a saída do procurador da República, Deltan Dallagnol, da coordenadoria da Operação Lava Jato, em Curitiba, grupos aliados ao ex-presidente Lula se manifestaram, incluindo o próprio condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, que resolveu atacar o agente público.

Ao anunciar a sua saída da Lava Jato, Dallagnol explicou que precisava se dedicar aos cuidados da saúde da sua filha, a qual estaria apresentando dificuldades em seu desenvolvimento.

Apesar de ser algo de foro íntimo e completamente alheio à vida pública, a decisão do procurador foi atacada pelo ex-presidente Lula, que sugeriu veladamente que Dallagnol estaria se escondendo “atrás da doença da filha”.

“Eu acho que o Dallagnol se esconder atrás da doença da filha dele para justificar a saída, se ela tiver doente que Deus a ajude porque eu tenho por ela o respeito que ele não teve pelo meu neto que morreu com 6 anos de idade”, afirmou Lula em uma entrevista concedida à Revista Fórum, segundo o UOL.

Às palavras que soam mais como falsa solidariedade foram logo substituídas por críticas mais diretas. “Quero que ele saiba disso, mas ele não merece um milímetro de respeito, é um fujão. Ele percebeu que ele mentiu e ele estava formando quase uma quadrilha”, prosseguiu Lula sobre o procurador.