O presidente Jair Bolsonaro ainda está envolvido na polêmica do “fundão eleitoral”, o qual foi previsto pelo Congresso Nacional e fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em R$ 2 BILHÕES para o ano de 2022. Todavia, o presidente fez questão de afirmar na última quinta-feira (10) que o seu novo partido, o Aliança Pelo Brasil, não fará uso desse recurso.
“Deixo bem claro que, mesmo que seja sancionado o fundão, o partido novo [Aliança pelo Brasil] em 2022 não vai ter [recursos do] fundo partidário”, declarou o presidente. “Quem usar o fundão em 2022, vai ser complicado, porque vai ter que prestar conta de 15 em 15 dias”, destacou.
O presidente ainda tem o poder de vetar o fundão eleitoral, mas vem alegando que se fizer isso poderá ser acusado de irresponsabilidade fiscal, segundo ele, pelo fato do valor ter sido aprovado pelo Congresso e reconhecido pelo TSE. Alguns juristas e parlamentares discordam dessa visão, mas Bolsonaro argumenta que pretende evitar o risco da abertura de um processo de impeachment contra ele.
Por outro lado, o presidente deu entender em sua última live que mesmo se sancionar o fundão, não fará uso dos recursos porque acredita que os partidos que fizerem uso estarão mostrando na prática se realmente apoiam ou não o uso do dinheiro público para campanhas partidárias.
“Vai ser o tiro pela culatra, vai perder voto”, disse Bolsonaro sobre quem usar o fundão. “Não acho certo usar dinheiro público. No meu caso, me elegi presidente sem fundo nenhum. Os R$ 4 milhões [que usei na campanha] foram fruto de doações”, concluiu.