A operação da Polícia Civil em colaboração com o Ministério Público, desencadeada na última sexta-feira (10) para investigar a suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo o Movimento Brasil Livre (MBL) e pessoas próximas ao grupo, apontou a suposta existência de irregularidades praticadas pela família de um dos seus fundadores, o Renan Santos.

Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, no pedido de prisão de Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan), a Receita Federal afirma que a família do líder do MBL adotou a estratégia de adquirir empresas quase falidas para não pagar impostos.

Segundo a Receita, este seria “o segredo do sucesso”. “Eles não declaram nem pagam os tributos, e com isso enriquecem com a apropriação indevida dos tributos pagos pelos consumidores finais”, diz o órgão.

Renan Santos, por sua vez, negou em uma live que a sua família tivesse praticado qualquer ilegalidade, reconhecendo a possível existência de dívidas, algo normal no âmbito empresarial, mas não a sonegação de impostos.

Os membros do MBL também negam que os presos pela Civil sejam integrantes do grupo. “Não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL. Ambos nunca foram membros do movimento”, diz uma nota do movimento.