A Operação Placebo, desencadeada pela Polícia Federal no Rio de Janeiro e em São Paulo na manhã dessa terça (26), colocou sob suspeita a possível participação do governador carioca, Wilson Witzel, no suposto esquema de desvio de recursos da Saúde no seu estado.

Wilson Witzel e a primeira-dama, Helena Witzel, se tornaram suspeitos por causa de contratos de mais de R$ 2 bilhões de empresas e organizações sociais, principalmente, ligadas ao empresário Mário Peixoto, preso na Operação Favorito em 14 de maio.

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Benedito Gonçalves cita o MPF (Ministério Público Federal), responsável pela decisão que deflagrou a Operação Placebo, afirmou que há “indícios de participação ativa do governador quanto ao conhecimento e ao comando das contratações das empresas […], mesmo sem ter assinado diretamente os documentos”.

Segundo informações do portal R7, “Gonçalves alega ainda que Witzel tem o apoio da mulher na organização criminosa e sustenta que há vínculos estreitos entre Helena e as empresas de Mário Peixoto”.

Outro lado

O governador Witzel negou qualquer participação no suposto esquema criminoso, se colocando inclusive à disposição da Justiça para mais apurações. Leia a nota na íntegra abaixo:

“Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal.

Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará. 

interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”.