A youtuber Karol Eller comentou sobre a declaração do homem que lhe agrediu no último dia 15, na Barra da Tijuca, identificado como Alexandre da Silva, de 42 anos. Ele afirmou que a bolsonarista estaria drogada no momento do ocorrido, e que apenas se defendeu contra ela.

“Foi uma agressão mútua. Ela veio pra cima de mim, drogada. Sabe que uma pessoa drogada fica muito agressiva? Fica muito mais forte? Ela me agrediu e eu a agredi. Foi isso que aconteceu e nada mais. Não a ofendi com palavras de baixo calão”, disse ele à revista Época.

Alexandre ainda afirmou que a sua atitude não teve motivação discriminatória, nem por questão política. “A tratei com muito respeito. Sou pai de família. Não sou homofóbico, não sou esquerdista”, disse ele.

Karol Eller contestou a declaração de Alexandre, argumentando que ela e a namorada foram ofendidas e que a gravidade das lesões que sofreu mostra que Alexandre teria lhe espancado, de fato, e não apenas se defendido como ele afirmou.

“Alguém que quer só se defender não teria me espancado. Poderia se defender de outras mil formas possíveis. Ele me deu murros na cara, chutou meu rosto. Me deixou desmaiada no chão e fugiu”, disse ela, segundo o Correio Braziliense.

“Ele assediou minha namorada. Disse palavras de baixo calão pra mim. Me chamou de sapatão. Me provocou dizendo: ‘Você não é homem? Você é muito macho?’. Ele teve sim uma atitude homofóbica”, concluiu a youtuber.

Agressão e acusações

Segundo a delegada responsável pelo caso, Karol Eller teria mentido ao prestar queixa, omitindo que ela teria provocado inicialmente a confusão por causa de ciúmes da namorada. No entanto, a declaração da militar não isenta a gravidade da agressão contra a youtuber.

Ainda que Karol tenha agido errado em se exaltar ou mesmo se drogado, a proporção da ameaça oferecida a Alexandre comparada a que ele ofereceu à ela, por causa da diferença física entre os dois, indica que o supervisor de manutenção agiu de forma desproporcional, indo além da legítima defesa.

Íntimos da Karol também alegam que a mesma não agiria de forma exaltada sem motivos. Ou seja, é possível que tenha existido, sim, provocações. Entretanto, nada sustenta do ponto de vista jurídico a reação agressiva de ambos, especialmente a de Alexandre. Novas informações devem elucidar o caso.