Conhecida por ser íntima da família Bolsonaro, a youtuber Karol Eller gravou um vídeo direto do hospital onde estava sendo atendida, após sofrer uma agressão brutal no último domingo (15) junto com a sua namorada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Foi a primeira vez em que Karol se manifestou sobre o ocorrido. Visivelmente abalada, ela disse que precisou retornar ao hospital para realizar novos cuidados devido aos ferimentos, destacando que o ato não ficará impune e que a justiça será feita. 

“Eu tive que voltar ao hospital e… agradecer imensamente o carinho de todos vocês, brevemente eu vou estar me pronunciando, contando a vocês detalhadamente o que aconteceu. Em respeito a vocês (…) aos meus seguidores, pessoas que estão me apoiando, me fazendo mais forte… pra tá falando com vocês que eu estou bem, vai ficar tudo bem”, disse ela.

Na sequência, Karol também deu entender que irá rebater algumas acusações contra ela, feitas por testemunhas do agressor, o supervisor de manutenção Alexandre Silva. Segundo informações da Época, eles disseram que a youtuber estaria portando a arma da namorada (que é policial civil) ilegalmente.

Além disso, que Karol “teria ingerido cocaína no banheiro, estava agitada, correndo, e apresentava sinais de alteração, como ranger de dentes e olhos arregalados”, sendo ela a responsável pelo início das agressões, segundo a versão de Alexandre.

“Graças a Deus foi mais um susto, mas que isso não vai ficar impune, e que justiça será feita. Agradeço o carinho de todos vocês e…. muitas calúnias, tenho lido coisas absurdas, só Deus sabe o que aconteceu realmente. É isso ai, conto com vocês”, disse Karol na gravação.

Um caso típico de homofobia

A delegada Adriana Belém, titular da 16ª DP, responsável pelas investigações da agressão à Karol Eller, afirmou que o episódio de violência foi um caso típico de homofobia, em motivação por questões políticas, visto que a youtuber é apoiadora do presidente Bolsonaro.

“Trata-se de um caso típico de homofobia, sem ligação com a militância da vítima. De acordo com os depoimentos, os agressores chamavam a Karol o tempo todo de sapatão e demonstravam claramente preconceito”, disse ela.

“Já requisitamos os exames de corpo de delito de todos os envolvidos e vamos fazer diligências para localizarmos câmeras que possam ter flagrado a confusão e possíveis testemunhas do fato”, explicou a delegada