O homem que causou revolta em clientes de um bar em Unaí (MG) – e enfureceu pessoas de todo o país nas redes sociais – ao usar um símbolo nazista no braço é de uma família conhecida na cidade mineira. Identificado como José Eugênio Adjuto, de 57 anos, Zecão é pecuarista, dono de uma empresa que cria bois para corte no município.

Primo de Zecão Adjuto, Francisco Adjuto publicou um texto no Facebook dizendo que “abomina” a atitude do parente e que ele sofre de “problemas psíquicos”. “Apesar de saber que ele enfrenta sérios problemas psíquicos de saúde sei que ele agiu de maneira consciente, e, por isso mesmo, não passo a mão leve na sua atitude”, escreveu.

Francisco ainda pediu desculpas à “sociedade unaiense” pelo ocorrido. O sobrenome Adjuto é conhecido na cidade mineira de 75 mil habitantes, que fica a 600 km de Belo Horizonte e a 165 km de Brasília.

No dia do ocorrido, clientes do bar chegaram a acionar a Polícia Militar para que tomasse alguma providência. Agentes do 28º Batalhão foram ao local, mas entenderam que o “caso em tela não se amoldava (sic) com precisão ao crime previsto no artigo 20”, conforme nota divulgada pela corporação nesta segunda-feira (16/12/2019).

Testemunhas foram ouvidas nesta segunda na 1ª Delegacia de Polícia da cidade. A lei proíbe “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilize a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. A pena para quem desobedecer essa determinação pode chegar a cinco anos de prisão. (Com: Metrópoles)